terça-feira, 12 de maio de 2009

outra vez

Alice, querida

Foi como quem atravessou um longo túnel que recebi tua mensagem; tanta luz que a claridade incomodou os olhos, mas depois foi festa. Festa de lua cheia com fogueira, cantoria e noite quente... Se tivesse um rio perto, destes de águas calmas, juro que mergulhava. Porque o mar, Alice, o mar é traiçoeiro. Ao mar entreguei meu coração, encantada com o vai-e-vém da maré, quando tudo era só brincadeira de molhar a pontinha dos dedos n'água fria e correr da onda grande. Devo mesmo ter me distraído; só sei que meu coração está alagado. Mas não quero contagiá-la, prefiro ter meu dia aquecido pelas tuas palavras. É bom caminhar outra vez pela praia e respirar ar puro. É bom olhar o horizonte e sentir que a brisa fresca do oceano ainda me causa arrepio. Não sei como viver uma vida morna e, não importa a gravidade dos ferimentos, serei sempre aquela a mergulhar em sonho e ternura.

Me escreva mais.
Escreva mais.

Preciso um pouco da sua força até poder caminhar sozinha outra vez.
um beijo das estrelas.

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