Nada justifica teu aparente desamor
nada além do que fomos
do que somos
do que não deixaremos de ser
Apesar da ausência
da distância
do que nos faz desamar (nos)
e esquecer (nos)
Somos sim fantasmas
Tamborim sem baqueta em pleno carnaval
Cuica sem corda na roda de samba
Surdo mudo na avenida
Vivos...
Só mesmo as aparências mascaram
O que o coração tenta esconder
Estamos aqui
E na via de mão dupla
Mais um grito agudo ecoa
sábado, 16 de janeiro de 2010
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Nada justifica meu aparente desamor
Nada além do que sou
Este ser mudo de gestos, um surdo ébrio
soando descompassado sem ninguém que o batuque
Um instrumento fantasma
Pouco visto e de quem se ouve apenas
rumores
Uma pele já morta
Aparentemente morta e estirada
sobre o círculo largo de madeira cujos própósitos graves
resumem-se na tua crença
de que estou aqui
e grito
dores de saudade
Nada além do que sou
Este ser mudo de gestos, um surdo ébrio
soando descompassado sem ninguém que o batuque
Um instrumento fantasma
Pouco visto e de quem se ouve apenas
rumores
Uma pele já morta
Aparentemente morta e estirada
sobre o círculo largo de madeira cujos própósitos graves
resumem-se na tua crença
de que estou aqui
e grito
dores de saudade
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