sábado, 11 de setembro de 2010

Num quarto de hotel 5 estrelas em Montevideo, janela 180 mar, um petit Chandon aberto pra comemorar a força do acaso. Em pensar que a inexatos seis meses eu sentia na garganta o pranto pela preterição no antigo ganha-pão. Era uma sexta-feira de fim de março, o telefone tocou por volta das 17h com um convite para um chopp imediatamente aceito e agendando para o Adega Timão, o boteco careiro atrás do CCBB e ao lado do Centro Cultural dos Correios, uma das minhas minhas esquinas preferidas no cenário do Rio de Janeiro... Entre consolos e risadas dos amigos, eu estava atônita com o fim daquela linha, terminada comigo antes que eu pudesse terminar com ela; Lá se foram os planos... Adiá-los? Não! Aumentá-los, vivê-los, ousá-los. A vida é um segundo a menos todo o tempo, foi preciso só uma noite e uma meia-manhã pra decidir estender a aventura nas lendárias gélidas terras quebocoises que, preto no branco, se revelaram qualquer coisa entre um verão 4oº e o desejo da chegada da primavera. Sou, definitivamente, uma pessoa do segundo semestre, seja lá o que isso possa parecer. Mas fato é que historicamente minha vida está marcada de grandes feitos pós-aniversário, este pequeno reveillón que comemoro no mês de julho, porta de entrada da outra metade do ano... Então agora posso - e (me) devo - um gole mais profundo, uma risada pelos 5o dolares perdidos no Cassino, um suspiro inspirado pelo desafio passado, pela sobrevivência com elegância, pela paixão pela vida que trago no peito em febre acesa: Esta sou eu, na janela 180 mar num quarto de hotel 5 estrelas em Montevideo.

(tim-tim)

Um comentário:

  1. Eu te disse, eu te disse!

    Um beijo enorme! E não esquece de me avisar quando sua latitude for 23º.

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